Adesão reforça uma das principais diretrizes da empresa, que as políticas internas reflitam os mesmos princípios no desenvolvimento e design do produto
A LEVEE é a mais nova signatária do programa Women’s Empowerment Principles – WEP’s (Princípios de Empoderamento das Mulheres), acordo de protagonismo feminino da ONU para impulsionar nas empresas a igualdade de gênero e o empoderamento econômico feminino. A iniciativa, criada em 2016 a partir da união de dois organismos integrantes da ONU, a ONU Mulheres e o Pacto Global das Nações Unidas, nasceu para orientar as corporações a adaptarem políticas existentes ou criar novas diretrizes para promover a igualdade entre homens e mulheres. Com a adesão ao acordo, a LEVEE ratifica princípios intrínsecos aos seus valores, o incentivo à equidade de oportunidades e à diversidade de gênero em sua equipe de profissionais. Mesmo sendo uma startup, com processos flexíveis e perfil inovador, está no cerne da empresa que suas políticas internas reflitam os mesmos princípios no desenvolvimento e design do produto.
Por este motivo, a LEVEE já tem 28% de seu quadro de funcionários formado por pessoas que não se identificam como heterossexuais, 31% que não se declaram brancos e 45% de mulheres. Além do mais, a LEVEE tem o compromisso de ter 50% de mulheres e, ao menos, uma finalista do sexo feminino em todos os processos seletivos para compor seu quadro de colaboradores. Empresa também oferece horários flexíveis para gestantes e lactantes e cobertura total de plano de saúde para o cônjuge que não trabalha na empresa, independente se o casal for hetero ou homossexual.
CEO da empresa, Jacob Rosenbloom, conta que os algoritmos da LEVEE estão alterando drasticamente não somente o perfil do seu próprio corpo de funcionários, como também a constituição dos quadros de RH de seus clientes de uma maneira geral.
“As taxas de mulheres recolocadas no mercado de trabalho por nossa plataforma mostra que estamos de certa forma fazendo uma correção nas imperfeições do sistema de contratação. A gente não olha o gênero quando faz a seleção, a não ser que seja uma necessidade do cargo, portanto, não são nossos algoritmos que deliberadamente favorecem mulheres e sim o contrário: ao eliminar os vieses presentes nos processos tradicionais de contratação, se aumenta a parcela de contratados do sexo feminino”, – Jacob Rosenbloom, CEO da LEVEE
E já está provado que igualdade de gênero é sinônimo de lucro. De acordo com um estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a desigualdade de gênero no mercado de trabalho provoca uma perda média de 15% nas economias dos países integrantes da entidade. Já uma pesquisa do Banco Mundial, divulgada em 2018, mostra que, no Brasil, a redução da diferença salarial entre homens e mulheres teria potencial de aumentar o PIB em 3,3%, o equivalente a R$ 382 bilhões a mais na economia nacional.
Para o CEO da LEVEE, este fenômeno mostra o quanto estas empresas perdiam a oportunidade de melhorar a qualidade da sua equipe. “Oito em cada dez pessoas contratadas por nossos clientes são mulheres. Entre elas, o período médio de desemprego antes desta contratação era de onze meses e o salário, 30% menor”, acrescenta. Rosenbloom comenta ainda que foi também a confiança depositada por duas mulheres o que impulsionou a operação da LEVEE. “Se estamos aqui hoje, é graças à duas mulheres: Bedy Yang, sócia da 500 Startups, foi nossa primeira investidora, e Laura González, criadora do fundo The Venture City, investiu o maior valor de nossa história”.
A gerente para os Princípios de Empoderamento Econômico da ONU Mulheres, Adriana Carvalho, (foto) explica que a plataforma nasceu para dar luz às iniciativas positivas das empresas neste sentido, apontar caminhos e auxiliar na implementação das medidas. “É satisfatório observar estes índices internos da LEVEE e o impacto que ela está fazendo em sua cadeia de valor. E é muito legal observar que os números do mercado também estão sendo modificados pela plataforma da empresa que, ao contrário dos recrutadores humanos, não se influencia por gênero, raça ou orientação sexual do candidato. Eu brinco que, quanto mais inteligente se é, melhor se justifica as suas preferências, o que não quer dizer que elas sejam lógicas ou justas”, diz.